O homem cão

Seus olhos buscam a realidade, seus dedos buscam suas veias.

Há um cachorro que não o abandona, ele deve ter vindo da chuva.

Ele cai porque o homem o deixou pra lá.

Então seus olhos buscam a realidade e os dedos buscam sentir algum pulso.

O lixo em chamas está quente mas não o aquece.

Ele não pode suportar ver o que se tornou... Tão fraco e acabado.

Então simplesmente escreve, sobre o que está feito e há pra se fazer.

Talvez você não o entenderá, e não chorará por este homem, pois é um homem triste e em dívida,

Por favor o perdoe.

Seus olhos ainda buscam a realidade, seus dedos sentem muito por fé, tocar o limpo com a mão suja é desperdiça-lo.

O céu é tão baixo e é tudo que vê, tudo que ele quer é seu perdão.

Então você vem, tira este pobre cão da chuva, embora ele apenas queira voltar atrás, e ele chora pelas ruas, confessa tudo à chuva, mas ele mente, mente forte ao espelho que quebrou quando mostrou que o rosto desse homem, sou eu.

Leresche
Enviado por Leresche em 16/11/2015
Reeditado em 16/11/2015
Código do texto: T5450434
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