G o s t o
Gosto, da liberdade das folhas amareladas
Conscientes, entendem que o seu tempo findou.
Desprendem-se e se vão, sem se importar
Com o que do seu destino restou.
Do desfile das nuvens que estão sempre
Indo de encontro ao céu... E do alto, livres!
Espelham-se nos lagos, sorriem
Dando de sua beleza à nossa chuva de ilusão.
Do tempo, dos finais de tarde, com gosto das certezas
Que as noites devolvem. Noites cúmplices, meigas,
D'uma doce ternura inimaginável.
Não gosto,
de imaginar o que sentem as almas
Que não encontraram o seu rumo...
Dessas, que vivem perdidas, nas noites.
Sem serem ignoradas pelo simples destino.
Gostoso mesmo é viver para o amor,
amar o seu sorriso e sorrir com você...
Poder sentir aqui, esse tanto querer.
Você luz, você grande bem, doce poema
doce pensamento nesse sentir amor,
ave gigante! Olhar o seu voo, voar com você
e pousar em qualquer lugar.
Sentir a felicidade de pousar sem hora
para voltar.