Odalberto Oliveira (Voinho)
Quem lembra? Dos cabelos brancos percorrendo as estradas do Brejo Grande, arrastando aquela velha varinha riscando o chão. Eu lembro! Inúmeras vezes tive que acompanhar o velho guariba descendo o corredor sentido à Matatias, embora velho tinha uma velocidade imprecionante pois, não conseguia acompanhar.
Quem lembra, pode voltar a esse tempo vislumbrar aquela cadeira que se fechava e como acento mais parecia um rede, muitas vezes pegando aquele seu canivete cabo de osso o mesmo que usava para fazer as unhas dos pés e cortar simetricamente a casca do umbu. Contando as histórias da onça que fugiu daí surgiu os apelidos, fazendo piada sobre seu passarinho quando falávamos que ele iria fugir por entre a barguilha aberta, entre outras estórias.
Muitas vezes dava trabalho ou pelo menos achávamos, porém mais trabalho demos a ele, e a impaciência juvenil nos tornava muitas vezes grossos. Se voltássemos ao tempo de certo não seria diferente, mas, com certeza nos dedicariamos mais.
Você, onde estiver, com certeza estará ainda arrastando aquela varinha riscando o chão e inconscientemente seguimos sem hesitar seus caminhos os Petelecos e petelecas futuros só te conhecerão por fotos, e os primeiros destas linhagem terão o dever de passar seus conhecimentos.Saudades ainda que para alguns essa semente seja difícil de florescer em mim.
Dedicado a memória de meu avô Odalberto Oliveira
Feito em 11/11/2015 por seu peteleco Osvaldo Rocha