a visão de um derrotado.

Acordei e estava alí no chão, sem saber o que se passava, abrir a janela e ví "uma pá de merda" aos arredores.

Ouvia muitas pessoas gritando, poucas sorrindo, algumas gemendo e outras paradas apenas observando, igual eu, só que de perto e sem poder dizer ou fazer nada, absolutamente, nada.

Então percebi que eu via alí não de fato pessoas, mas sim, minhas lembranças.

— Lembranças de um passado não tão distante assim.

Percebi que aqueles gritos de agonia que ecoavam por todo aquele lugar, eram na verdade todos os meus fracasso na vida. Os mesmo que serviram apenas para me fortalecer.

E aquelas gargalhadas que se ouviam funebrimente, eram nada mais, nada menos, que os poucos momentos de alegria que obtive. Momentos esses que se fazem mais raros a cada instante nesse lugar.

Já os gemidos, eles me mostravam as noitadas de farra que tive, onde sempre estavam presentes os "amigos", as mulheres e as bebidas.

Mas o que me chamou de fato a atenção foram aquelas pessoas alí paradas, caladas, só a observar as circunstâncias do momento.

Só depois de muito tempo, é que fui perceber que aquelas pessoas sempre caladas a observar, eram na verdade as oportunidades que tive, mas que deixei escapar por permanecer calado de mais.

_ Então um peso abismal caiu sobre mim!

Quando percebi, as visões se foram e tudo o que restara eram os traços preto e braco do chão onde dormia.

_ O tapa que levei, nada mais era que um aviso, eu sei!

Lembro de ter ouvido esta frase de uma música que ecoava de longe.

Tudo girou e quando percebi eu estava alí sentado e calado, olhando pro nada.

• Moral da historia.

Essa é a consequência de não ser mais um bebê, antes você dormia em um berço macio e aconchegante, tomava sua mamadeira e caia no colo confortável de sua mamãe.

Hoje você acorda em um chão frio e áspero, sem saber o que de fato esta se passando. E você tem de travar essa batalha diariamente, pois ou você se levanta do chão para obter respostas ou continua caído sem saber o que fazer.

Denison Sousa
Enviado por Denison Sousa em 12/11/2015
Reeditado em 01/10/2016
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