a máquina
Os carros vão passando lá em baixo, e um a um os vejo sumir no horizonte.
Fico vidrado, fascinado, ligado naquelas máquinas.
Seus movimentos são incessantes, seguem o rumo a fim de chegar ao seu destino e quando chegam permanecem intactas, talvez com um ou outro arranhão, mais sempre intactas em suas formas.
Como se quem nos guardassem de algo, permanecem ali com suas embreagens fervendo feito um guerreiro, fera selvagem, em posição de ataque.
Os vejo de cima e la do terraço parecem tão insignificantes, mas, é lá de baixo, em terra firme, que realmente os valorizo. Pois se essa maquina sendo tão irracional, foi capaz de criar algo tão complexo como um carro, imagine comigo o que poderias fazer se fosse realmente racional.