Mergulho

Vai Ana. Mergulhe. Mostra o que te perturba. O que te fere tanto, afinal?

Anda Ana, sai desse quarto, dessa cama desarrumada, sai da mesmice e mergulha. Somos aliados.

Sonda no mais profundo o que te prende. Sei o quanto é difícil encarar-se. Mas, é necessário. Chore se for preciso. Esbraveje. Só não recue. Você não tem recuado nos últimos anos. Não o fez quando descobriu que seu primeiro amor foi uma farsa. Quando te deixaram nua perante o mundo. Nem quando abriram sua caixinha de segredos.

Seja forte. Ajoelhe-se e renda-se por um instante. Apenas por um instante. Vai Ana...Diz o que encontrou aí no seu mundo que parece estar todo de ponta-cabeça. Elabore suas frases. Use todo seu repertório de vida. Mostre-me toda essa bagunça. Chore se for preciso. E daí? Chore se for preciso. O que os outros tem a ver com isso? Chore se for preciso. Não invente desculpas a si mesma. Chore se for preciso. Ouça-me: Chore se for preciso. Porém, não recue.

Ana Liszt
Enviado por Ana Liszt em 07/11/2015
Reeditado em 07/11/2015
Código do texto: T5441338
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