Sobre vestígios memoráveis

E ao recostar a palma calejada da minha mão

sob o travesseiro,

em um apelo ao cansaço,

numa fração de segundos assustadoramente confortantes,

entre o último pensamento,

e o emaranhado oceano de sonhos que me convidavam

a mergulhar,

recebo um sinal teu,

dizendo por vontade qualquer

que sentia o meu perfume no pano pastel que envolvia o teu recostar.

E por um descuido qualquer do acontecimento,

selo a noite num sorriso intimidante ao arcaico,

permitindo entender,

que do nosso abraço

somos muito mais poesia que educação.