____________________________ERAM COELHOS!
Eram coelhos!
Eram coelhos!
Eram coelhos no tempo de hora, no tempo de desinventar passagem.
- Não vai atravessar!
Diziam, mudos, enquanto - num rito com as cabeças -, repetiam : - Não vai atravessar!
O tempo é muro? - perguntei, muda.
- Não vai atravessar! - respondiam, mudos, numa arquitetura mórbida com as cabeças.
Mas o meu tempo é o repertório dos passos. Então eu passei.
Os coelhos nada fizeram. Apenas derramaram sobre mim a agilidade ainda mais mórbida das cabeças, arquitetados pela toca, perambularam por ali.
- Sei que tenho horizonte! - respondi.
Os coelhos, irrealizados, acumularam-se - lápides -.
- Não vai atravessar!
Diziam, mudos, enquanto - num rito com as cabeças -, repetiam : - Não vai atravessar!
O tempo é muro? - perguntei, muda.
- Não vai atravessar! - respondiam, mudos, numa arquitetura mórbida com as cabeças.
Mas o meu tempo é o repertório dos passos. Então eu passei.
Os coelhos nada fizeram. Apenas derramaram sobre mim a agilidade ainda mais mórbida das cabeças, arquitetados pela toca, perambularam por ali.
- Sei que tenho horizonte! - respondi.
Os coelhos, irrealizados, acumularam-se - lápides -.