o sonho de um louco

Desde aquele dia tenho andado estranho, certos pensamentos surgem e permanecem. Procuro me concentra em pequenas atividades do dia-a-dia de cada ser vivente desse planeta, acordar, levantar, trabalhar, farrear, etc... Procurando enfim me distrair de alguma maneira, até consigo por alguns instantes.

_ Os pensamentos voltam!

Logo me deparo com o que não queria ver, coisas absurdas e até mesmo assustadoras para qualquer um em sã-consciência, normalidade, preposições, incompetência, julgamentos, injúrias, tudo nos arredores e ao mesmo tempo, coisas fúteis e ridículas que poderiam ser simplesmente resolvidas com uma simples conversa entre cavalheiros, mas, ao invés disso, somente caras fechadas e mascaras por todos os lados.

_ Os pensamentos voltam, mas, as palavras nunca voltam vazias.

O ser vivente dentro de cada um de nós se expõe apenas quando tudo e todos estamos no limite, ai sim, conhecemos quem realmente somos por dentro e por fora.

_ Isso me da medo!

Nunca antes tinha visto esse ser se expor de mim. Fora então que lembranças de um passado desconhecido, esquecido, vieram à tona.

Aquilo era assustador, como pude "eu" um ser cuidadosamente criado pelas mãos de Deus ter vivido e feito tudo aquilo?

_ Estou enlouquecendo!

Pelo menos é o que todos dizem, sinceramente já nem sei no que acredito, em quem acreditar. Preciso dá um tempo, sair da minha própria mente, antes que seja tarde de mais, pular para realidade e viver.

_ Como fazer isso?

Me pergunto todos os dias na frente do espelho!

Mas, sem obter resposta, fico apenas quieto. Sou muito jovem ainda, não faço idéia do que seja viver, mal sei o que de fato faço por aqui.

As lembranças do tal dia me sufocam, quero acordar, mais algo me prende, talvez o cansaço.

- Mas de que?

Hoje nem levantei da cama, não fiz esforço algum, só fiquei alí deitado o dia todo. Como posso estar tão cansado assim?

"Deus me de forças, me abençoe, me tira daqui, me de isso, me de aquilo". Essas são palavras que soam constantemente pelos quatro cantos ao vento, como se fosse apenas pedir e pronto, está feito.

Sinto alguém me chamando, já deve ser de manhã, um clarão na minha frente, a luz do sol creio eu.

- Não, espera, ainda tá escuro, então o que seria essa luz?

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