Obscurescência.
As pálpebras parecem difusas nas línguas daquele destino (do qual que eu sempre tive medo). Estou cercada por toda a luz necessária, e minha doença é fechar os olhos - minha audição não basta pra que eu me certifique da existência Dela (às vezes); o ar úmido e quente das minhas mãos reclamam por paredes sólidas-não-escorregadias; o terrível martírio de sentir-se não-segura de nada - nem da própria vida; maldita depressão, malditos delírios (todos os sintomas parecem me comprar em prazos permanentemente julgados pela vitória do meu subconsciente gelado); o chão, transformou-se em tabletes inseguros de uma substância quase translúcida do inferno - uma camada espessa de vontade e queda livre no dissonante ar dos meus asmáticos pulmões.
Respiro - hoje, não. Arranho as pupilas, piscando nos relógios e nas distâncias estarrecidas - alguns pés daqui até um hospital e uma janela - onde a face Dela está pendurada nos acordes dos sinais de vício dos doentes.
Inquietação, visões e silêncio.