APENAS UM MENINO - EM HAMLET

Menos um! Talvez o corpo de uma criança! Onde foram parar os seus sonhos, suas causas, seus anseios e vivacidade? Por que permite agora que um trajado perverso lhe estoure as entranhas com essa carabina infecta e não se vinga por motivos torpe? Ah! Noutrora esse menino talvez tenha sido um pequeno fruto materno, com suas aspirações, alegrias, veredas, amores, lampejos de existência. Será esse o lampejo ultimo de nossas existências? O fim da vida de todas as nossas vidas, será termos a vida nesses fins? Os pais dele permanecerão suspirando noite após noite curvados num par de lembranças? As meras recordações de suas memórias jamais suportariam tão grande martírio; o progênito deles não seria condigno, de em palavras, imortalizar-se?...?