SE-pa-RA-çÃo

Vejo rupturas, fagulhas, suspiros e gritos. Sofrimento, separação, sofreguidão. O tempo passou e não passou de ilusões, tudo que parecia harmonia e regozijo transformou-se em decepção. Esperança na família, companheirismo, cumplicidade e projetos que se esvaem ao sabor dos ventos. Os objetos se separam as pessoas mais ainda. Olhos nos olhos apenas nas cenas mais românticas, que dão espaço ao menosprezo e rejeição. Em meio a tempestade, os incrédulos olhos de uma criança. Guardam os objetos e resguardam-se as mágoas. Um se expressa o outro ignora, levando assim num jogo de vice e versa, as mágoas e desencontros. Tudo o que se viveu, não vale mais nada, tudo o que unia começa a ruir. Na memória, impressões imprecisas de felicidade e frustração. Palavras amargas, sensação de impotência. Se era Amor o tempo torna-se perpétuo e as atribulações meras vagas a molhar os pés. Apesar dos pesares, o Amor ainda nos conecta na suas mais variadas dimensões. Amar e perdoar, o fluxo natural que o tempo há de se encarregar.

Leonardo Gedeon
Enviado por Leonardo Gedeon em 06/10/2015
Código do texto: T5406488
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.