Dr. Pensador (1)
As falsidades do dia refletem a deformidade intelectual profunda das "classes falantes" no Brasil. Na investigação de qualquer fenômeno político-social, conforme aprendi com Georg Jelineck, a regra mais elementar é distinguir e articular os atos voluntários e a confluência acidental de fatores gerais e anônimos. No Brasil, a regra é esconder os primeiros sob os segundos. Ações que têm uma autoria clara e determinada, atestada em documentos e confissões, são explicados por forças sociológicas anônimas, dissolvendo, assim, a figura dos autores. Quando você ouve falar em "corrupção endêmica", nepotismo português" e coisas do gênero para explicar o Petrolão, você está certamente ouvindo um idiota ou um charlatão. O Petrolão, assim como o resto da roubalheira petista, foi planejado com décadas de antecedência para dar à esquerda o controle hegemônico da sociedade brasileira e salvar da extinção o movimento comunista em outros países, debilitado pela queda da URSS. Fatores mais genéricos podem ter sido usados apenas como causas ocasionais suplementares dentro de uma ação racionalmente planejada e executada. Apelar a esses fatores para explicar o império do crime criado pelos petistas é como atenuar as culpas de um estuprador atribuindo-as ao fenômeno geral da atração entre os sexos. Pode-se fazer isso por idiotice ou por vigarice genuína. Por nenhum outro motivo.
(words by O. C.)