Dores

Dores... Sinto dor, é engraçado como o tempo passa e ela, as dores não!!Claro que não vivo o tempo todo a senti-las, claro que não!Senão não seria gente e sim fragmento ulcerígeno, um ser não sendo.

Sinto a dor do outro como minha, não deveria eu sei, porém, rebelde teimo em não aceitar, que, o que é do outro deve ficar apenas nele. Mas como não senti a dor daqueles olhos inocentes violados pelos monstros? Seres sem face, ultrajes descarados disfarçados muitas vezes de pessoas... Digo, sim é difícil amar as pessoas? Pior ainda se elas esmagam aqueles olhos puros que você nunca poderá ajudar, por mais que você queira sugar a dor, ela será daqueles olhos, e não a sua. Ela, a dor, corromperá toda a inocência, ela dilatará o corpo e esmagará a alma...

Mas eis que surge a esperança, esse ser poderá ressurgir e refazer-se, é o mundo caleidoscópio, fascinante presença divina da resignação. E Graças a ela, as dores podem findar-se. Graças a ELE, as pessoas ainda podem ser gente. E eu poderei seguir meu caminho entre as minhas dores, as dores dos outros, o meu mundo e o mundo de todos. Cruzar com o inevitável, chegar, partir, amar, deixar... E a tudo isso dar-se o nome de Vida.

Siarom

02/10/2015

Alanna Siarom
Enviado por Alanna Siarom em 02/10/2015
Reeditado em 24/02/2016
Código do texto: T5402531
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