O amor no existir
É o amor quem me move e dá forma ao meu sorriso, pelo apreciação do simples e do belo no sol de cada manhã.
Eu não busco esse amor dos tempos modernos, ele me parece tão vazio, fútil, efêmero, tão descartável. As pessoas possuem uma voraz necessidade de preenchimento do ser e nessa corrida, elas precisam sempre eleger algo, ou alguém para preencher esse vazio. Penso ser este o grande equívoco!
Pois somos seres da falta e a filosofia do ser totalmente pleno é uma falácia da solidão, e do distanciamento do eu. Sendo assim, deveríamos justamente acolher essa falta inerente a nós e fazer dela a força motriz da vida, pois a cada falta, uma busca a mais pela aprendizado e maturidade psíquica.
Um paradoxo: essa busca desenfreada pela plenitude, só serve para alargar ainda mais o sentimento de vazio.
Aceitar nossa condição de seres da falta, nos faz arquitetos da nossa existência, acolhendo nossas lacunas e assim transformando-as em lindas obras de artes. E ISSO É O AMOR...AMOR É ACEITAÇÃO, ACOLHIDA , ACOLHA-SE! É esse amor que cultivo em mim todos os dias...aceitando minhas lacunas, para dar SENTIDO ao meu existir, para sentir os "SENTIDOS" do meu existir.