Quero assas!

Da-me assas ó vento,

leva-me em meio ao tempo.

Da-me assas,

para que voe no esquecimento.

Assas que me levem as alturas de meu ser,

para nuvens de descanso.

Ó vida! Ó tempo!

permita-me voar com as assas que me deste,

deixa-me partir sem destino,

seja leste ou oeste.

Ó assas alça o teu vou,

viaja nos caminhos do vento,

mergulha na imensidão azul celeste.

Planarei sobre a relva verde ao fim da tarde.

Possuirei o cheiro do orvalho quando molha a terra.

Terei em meus olhos a imensidão azul.

Estarei em lugares de descanso.