Enquanto a vida passa...

Abandono as fórmulas de verdades incertas

e paro de questionar certas dúvidas (certas)

Retiro as máscaras

E aceito minhas imperfeições

Rio de mim mesmo

E choro só com a beleza que comove

Reduzo o drama de partes

Amplio o inteiro da comédia

Constato a impermanência

e tenho certeza da permanente mutação

Desejo a liberdade de princípios maniqueistas

E entendo que entre dois extremos existe um longo caminho

Prevaleço a jovialidade da consciência

Com ânsia de descoberta e entrega

Torno-me flexivel e maleável de idéias

Ainda que o corpo não mais espelhe isso

Entendo as dificuldades como oportunidades

E as diferenças como complementos

Entrego-me ao prazer da simplicidade

E sintetizo a complexidade

Me doo com intensidade

E me dispo das ilusões

A vergonha e o medo não mais me obstam

A vontade e transparência me realizam

Esqueço a prudência e a segurança

Sendo tudo que me permito ser

Paro de morrer durante a vida

E deixo que a vida me leve até a morte

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 29/09/2015
Código do texto: T5398143
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