Liberte-me

Deslizando por ângulos tortuosos

Vislumbrando lembranças de um amanhã incerto

Que me visita em meus sonhos

Eu vejo um semblante,

Eu vejo uma silhueta na dançante neblina noturna

Na seletiva eliminação das opções que nesta jornada me restam

A satisfação é uma sinistra figura

Oferecendo o caminho mais fácil

Rumo à liberdade deste mundo de dor

Tenho a fétida companhia

Daquele que apenas a indecência carrega na bagagem

Mostrando a nulidade dos receios de meus pecados

Lágrimas de ansiedade pelo meu abraço

Rolando de seus olhos flamejantes

Meu destino torna em simples piada as ações de grandes tiranos

Eu chego à última passagem da dúvida

Eu solto os últimos gritos de clemência

Diante dos muros da ilusão

No crepitar das árvores, no silêncio do meu quarto

Uma voz chama por minha alma na trilha fúnebre

Com rosas espinhosas me cercando pela esquerda e pela direita

Isaque
Enviado por Isaque em 24/06/2007
Reeditado em 30/06/2007
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