Gosto
Prosa Poética
Gosto
Da liberdade das folhas amareladas
Conscientes, entendem que o seu tempo findou.
Desprendem-se e se vão, sem se importar
Com o que do seu destino restou.
Gosto
Do desfile das nuvens que estão sempre
Indo de encontro ao céu... E do alto, livres!
Espelham-se nos lagos, sorriem
Dando tanto de sua beleza à nossa chuva de ilusão.
Gosto
Do tempo, dos finais de tarde, com gosto das certezas
Que as noites devolvem. Noites cúmplices, meigas,
D'uma doce ternura inimaginável.
Não gosto de imaginar o que sentem as almas
Que não encontraram o seu rumo...
Dessas, que vivem perdidas, nos dias e nas noites.
Sem sequer serem ignoradas
Pelo simples destino; O de sequer existir.
Gostoso mesmo é viver para o amor
É amar o seu sorrir e sorrir com você,
Poder sentir aqui dentro tanto tanto, tanto querer.
Você amor. Você luz, você grande bem,
Doce poema, doce pensamento nesse sentir,
Ave gigante! Olhar o seu voo,
É querer em qualquer lugar com você, pousar.
É sentir a felicidade de saber para onde ir.
Liduina do Nascimento.
.