A money machine.

Meu pai não conseguiu vir. Ele está atolado em serviço. Eu entendo, por que não entenderia? Ele precisa abastecer essa fábrica de pedra e cimento. Ele é um homem de negócios, e o negócio dele é continuar girando as peças, porque a sociedade não para nunca de correr. Ele precisa fazer dinheiro. E tempo é dinheiro. Um tempo que ele não tem. Um tempo que ele sacrifica para fazer mais dinheiro. Dinheiro que ele nunca vai usar, porque não tem tempo.

E, tudo bem, eu aceito, porque ele é meu pai. Contudo, não entendo. Não, eu nunca vou entender essas pessoas que se esquecem de viver, tão obcecadas por algo irrisório quanto um pedaço de papel.

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 24/09/2015
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