Madrugada
Outra madrugada sonolenta com a cabeça voando. Estudo, penso, ouço música, abro o jogo, encaro a tela, porém a animação para jogar de fato já me deixou. Sinto que a cada noite, e a cada texto que escrevo na escuridão da madrugada têm carregado consigo parte do que se passa dentro de mim de fato. Isso é bom, afinal posso exteriorizar quem sou. Nunca me senti tão livre, do que quando escrevo. Assim como nunca me senti vivendo tantas aventuras do que enquanto leio algo. Parece que realmente, tenho desenvolvido um amor pelas palavras, amor esse que preciso libertar. Por isso jorro em cima desse teclado, torcendo para colocar as palavras em uma ordem que faça sentido ao menos para mim.
“All I need is somebody to lean on…”, essas palavras ecoam em minha cabeça, junto com o ritmo da música, e realmente, preciso de alguém para confiar. Tenho pessoas de confiança, e como as tenho. Sempre fico feliz quando paro para pensar nas pessoas que realmente mereceram e merecem minha confiança. Claro, ninguém é cem por cento confiável, mas existem aqueles que realmente, não irão trair sua confiança sem um bom motivo. No momento, minha confiança está toda depositada neste lugar. Meu universo livre, onde meu coração se abre por inteiro. Com sensações inteiras minhas, e sensações que eu imagino e decido que valem a pena ser expostas. E cada vez mais, parece que depositei minha confiança no lugar certo.
Afinal, o que estou fazendo? Estudando, escrevendo, cantando, e tentando não acordar minha família. Todos dormem. O relógio acaba de piscar para mim me avisando que já são quase duas da manhã e ainda estou aqui escrevendo, despejando meu coração. Ouvindo a mesma música sem parar, e sem entender exatamente o porque. O que eu devo fazer mesmo?