O QUE VEJO E SINTO AGORA
(Fr/pns/303)


     Na bancada da minha janela, da pequena biblioteca, o vaso de chuva-de-ouro, que por sinal lembra-me, Natal, associa-se ao verde e amarelo da nossa imponente "Bandeira Nacional" que se desfralda neste momento  bela e largamente, como um grito de alerta e de socorro, ao vento, para um país que chora o momento, a sua decadência; sua esfera azul e o branco com o lema "Ordem e Progresso" tornam, dentro do contexto, ainda mais belas e azuladas, as águas da Baía de Guanabara, neste dia ensolarado, digno de me fazer esquecer o momento no qual  O Gigante está imerso,  por pura e despudorada  irresponsabilidade e incapacidade, dos seus governantes,  do Planalto. 
     Esse olhar direto para com a natureza é um bálsamo à vida  para não sucumbir;  respirar fundo para continuar a viver é necessário  para  aguardar o incerto amanhã, que  sem perspectivas, caminha trôpego, dia-a-dia, deixando a nação desolada e rota.













 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 16/09/2015
Reeditado em 16/09/2015
Código do texto: T5383906
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