Desabafo
Quando tudo se mostrar
Pequeno ao seu redor,
Lembre-se que existe
Um Deus bem maior.
Uma petiz
Com cabeça de adulto,
Uma adolescente
Com um passado bruto;
Sofre cala,
Cheia de angústia,
Perambulando, rodando.
Se depara sozinha
Em um quarto chorando.
Rosto inexpressivo,
Escuro, sem cor
Mostra a realidade do peito,
Em tom de rancor.
Uma coisa pode garantir,
17 anos
Pouca experiência de vida,
Implícito carrega consigo
Uma enorme ferida.
Estranha, besta,
Romântica, obstinada
E até mesmo uma
Grande alucinada.
Coberta de elogios
Começa a se levantar,
Abri um sorriso tão belo
Quanto as estrelas,
Mas se bate uma decepção
Já começa a plena besteira.
Essa demasia de ódio,
O vermelho do sangue
No pulso cortado,
As lagrimas quentes
Sobre sua face
Desperta ódio,
Medo, dissabores
E até mesmo um calafrio
Que me causa horrores,
Pensamentos sarcásticos,
Obscuros e sombrios.
Será que ainda terei aquele rosto
Que um dia sorriu?
Maio de 2013.