Desabafo

Quando tudo se mostrar

Pequeno ao seu redor,

Lembre-se que existe

Um Deus bem maior.

Uma petiz

Com cabeça de adulto,

Uma adolescente

Com um passado bruto;

Sofre cala,

Cheia de angústia,

Perambulando, rodando.

Se depara sozinha

Em um quarto chorando.

Rosto inexpressivo,

Escuro, sem cor

Mostra a realidade do peito,

Em tom de rancor.

Uma coisa pode garantir,

17 anos

Pouca experiência de vida,

Implícito carrega consigo

Uma enorme ferida.

Estranha, besta,

Romântica, obstinada

E até mesmo uma

Grande alucinada.

Coberta de elogios

Começa a se levantar,

Abri um sorriso tão belo

Quanto as estrelas,

Mas se bate uma decepção

Já começa a plena besteira.

Essa demasia de ódio,

O vermelho do sangue

No pulso cortado,

As lagrimas quentes

Sobre sua face

Desperta ódio,

Medo, dissabores

E até mesmo um calafrio

Que me causa horrores,

Pensamentos sarcásticos,

Obscuros e sombrios.

Será que ainda terei aquele rosto

Que um dia sorriu?

Maio de 2013.

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 15/09/2015
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T5382431
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.