Achismos.
Acredito que,
Nascemos e morremos
Um pouco
Diariamente.
Quando apaixonados,
Nascemos e nascemos,
E renascemos
Todas as horas.
Por vezes,
Permitimos-nos
Crescer, recriar,
Reinventar,
Re-amar...
A nós,
Ao outro,
A idéia que
Fazíamos do
Outro.
Percebo-me,
Reinventada,
Vibrante,
Muitas vezes
Eufórica,
E plena de uma
Energia de
Vida, de
Paixão,
De luzes,
De cores.
Esqueço
Quaisquer
Horrores.
Esqueço
As minhas
Dores,
Desamores,
Dissabores.
E,
Apesar do medo,
Do medo do
Talvez,
Do Amanhã
Não ser igual...
Enxergo-me,
Quase todo tempo,
Pura alegria.
Em contraditório,
Momentâneo,
Eterno,
E etéreo
Estado de
Felicidade.
Talvez amanhã eu cante:
“Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora.
...
E quando pego meu cavalo e encilho
Sou pior que limpa trilho e corro
Na frente do trem. ”
Talvez, mesmo, já encilhe
Meu cavalo movido a medo,
Receando o sentimento,
A conseqüência futura,
E a possível ausência tua.
Mas, por hora,
Nesse momento,
Sinto-me forte
Para seguir quando
Te ouço, te leio,
E te percebo
Me dizer que,
Apesar da bagunça
Que provoco por
Ter surgido em sua
Vida real,
Desejas que eu
Permaneça.
Ou talvez eu tenha
Entendido tudo errado,
Ou talvez você não tenha
Encontrado a maneira
De dizer,
E apenas percebo assim
Por meu desejo de
Permanecer.
Talvez...