Da minha guerra.
Há tantas coisas, mais precisamente, decisões que
Não consigo compreender.
E, na, simples afirmação “não quero” não vejo
Justificada resposta.
Gostaria que me fosse feita uma proposta,
E as minhas vidas paralelas eu pudesse viver.
Ser feliz em plenitude, sem receios, sem
Sofreguidão, sem floreios.
Mas minha vida é recheada com anseios.
Com impossibilidades que me fazem sentir
Frustrada, desiludida, revoltada, desanimada...
Sem fé.
Fazem-me desejar desistir de ficar de pé.
Por não ver sentido em viver sem estar
Apaixonada, sem me doar, sem me inebriar
Do amor.
Vivo a dor das impossibilidades, dos limites,
Sob pressão dos meus tutores, juízes, que,
Por diversas vezes enxergo como algozes.
Talvez eu seja da classe dos animais ferozes,
E, de fato, não tenha capacidade analítica para
Compreender.
A verdade é que, não consigo conter, e
Sempre me perco em minhas paixões.
E crio novas ilusões, e experimento novas
Sensações,
Mesmo com a consciência de que me
São proibidas.
Sei sim, não poderei desfrutar em sua
completude.
E assim...
A mim, parece que a vida é uma guerra
Eterna.
E estou fadada a perder.