DESABAFO (Um por todos e todos por um)
À guisa de epigrafibra:
Meu conselho? Escreva apenas aquilo que te faria chorar ao ler.
Pare de se importar. Há tantas portas por aí que não se importam com nada nem ninguém. Pare de se importar e comece a se exportar. Vá até o longe de ti. Há tanto a ser contemplado lá. Nesse caminho que você mesmo(a) criou. E plantou.
O Underground tem coisas realmente boas, interessantes, novas. Diversas (não tem nem comparação com essa superfície mercadológica que se vê por aí, com essa porcaria que nos empurram todos os dias, via literatura, TV, internet e o diabo.) O Underground opõe-se à superfície porque é nele que se ocultaparece o Fino da Bossa. Coisa de louco, que é outro papo.
Não gosto de frases feitas -- são para os que se contentam com os enlatados -- latu sensu. Gosto de efeitos que dão origens a frases desfeitas, desconstrutoras desses sonhos comuns, pesadelos adormecidos nessa lenga lenga anêmica discursiva.
Exporte-se. Fuja da mesmice -- da mesmímica, dos mi-mi-mis, dos memes da solidão coletiva. Torna-te um sonho vivo e ama-te da unha do dedinho do pé até o universo mais distante dentro de teu coração.
Aceita-te como quem és -- não podes, por ora, ser melhor. Mas pode vir a sê-lo -- quem pode negá-lo se não você mesmo(a)?
Leia literatura de verdade -- Nietzsche, Clarice Lispector, Machado de Assis, poemas ("lacrimejantes" ou incisivos) de Cecília Meireles, Andreiev, Ferlinghetti etc.
Leia menos manuais e escreviva muito mais.
Se não puder terminar jamais aquele curso que, por ora tu julgas indispensável, não sofra. Há muito vazio humano discursivo diplomado nos prédios e gênio incomparável morando nas ruas. A decisão é tua.
A verdade mora na rua.
Não, não e não: desta vez a C*lpa NÃO é do governo. É a responsabilidade de ser feliz que é tua. Somente tua.
E vai.
Não precisa xingar ninguém. Amém.
E vai.
O "louco" que escreve esta carta a todo coração inconfomista (como ele mesmo é um) se chama Wellington Vinícius e deseja dedicar esse texto àquela pessoa especial que realmente se sente nessa condição. Sem nomes -- para não incomodar ninguém.