O álcool, quando, consolo.
O único meio de viver sem regras é ludibriar-se de si próprio.
Por esta razão inequívoca a criação mais lúcida do homem certamente é o álcool (de bom rótulo),
porque é somente através da embriagues é que possamos esquecer de uma vez por todas que a vida é frívola
e ao mesmo tempo fugaz como a noite,
para além de encontros e desencontros de uma sociedade insatisfeita,
moldada à excelência de rituais farsescos, cujo somamos,
dentro da física,
não mais que uma matéria inerte senão composta por vácuo;
vazios e aprisionados
no silêncio de uma rua deserta entre a boca da noite e o amanhecer, quando novamente estamos prontos
para admitir as algemas suburbanas da albarda em nossos punhos espontâneos. Reflito mais um tanto e, taça. Mais vinho... bebo e vou.