Essência de Amora
Era o final da Primavera, no Norte da Europa, e aquelas sementes que brotam os frutos característicos, das framboesas negras ou verdes, já descansavam no ventre das árvores, enraizadas e tocadas pela Deusa da Sabedoria. Sábias árvores, contempladas e admiradas pelos Deuses.
Uma Deusa descansava em seus pés; denominados raízes. Na calada da noite os insetos se esbaldavam entre os galhos, rebentos e com espinhos flexíveis.
Framboesas roxas, tocam no bico dos sábias.
Uma árvore frondosa entre a natureza de uma Deusa e a natureza dos Gregos e Romanos.
Na boca o gosto, ora adocicado, ora amargo; compondo as tonalidades exuberantes das geleias. Pequena com uma cor tão exuberante, as amoras...
Algumas crianças saboreiam em um imenso jardim, enquanto alguns adultos, e o meu amor senta a beira da árvore, e o seu olhar se perde...
Divide a atenção entre o espaço que o seu alcança no céu e por entre o brilho das sementes que pareciam as células, renovando-se feito o meu coração, renova-se em batimentos quando sinto a tua presença pertinho do coração.
A tua essência compõe mera distração das minhas veias Como o seu amor que
renova-se a cada manhã, feito a Primavera, levando embora as folhas para os frutos germinar,trazendo a colheita das framboesas.
A sua essência dilata entre as folhas.
E, assim o teu perfume e o seu olhar são tão intensos e germinam em mim feito as sementes que dilatam-se...
Comparo a tua chegada e as raízes desse amor a uma essência maravilhosa, feito a essência de amora.