Os seres humanos

Os seres humanos são crianças que se julgam conhecedoras de tudo o que há, mas não conhecem nem o próprio fim; não conhecem o dia da própria morte. Eles não buscam a verdade, mas o objeto dos próprios interesses. Os homens não mergulham na sua interioridade; não dão importância a isso, mas nunca descobrirão a riqueza que poderiam explorar dentro de si mesmos. Eles vivem na superfície da vida, e não na profundidade. Os homens não sabem o que é profundidade. Obs.: há exceções.

Cada ser humano se julga melhor do que os outros e mais importante do que os demais. Muitas pessoas vivem baseadas no que as outras pensam; são controladas pela cabeça das outras: querem ser vistas com a roupa que estão usando, com o sapato novo que compraram, com o carro novo que ainda não pagaram. Muitas pessoas buscam ser aprovadas pelas demais, mas não buscam a si mesmas, nem refletem sobre o que fazem ou sobre a própria missão. Muitas pessoas vivem para ser vistas pelas outras. Neste sentido, quase todo mundo vive pensando no outro: vive dependendo da aprovação do outro. Que pena! Se alguém disser: você é feio; você errou ou está errado; eu não gosto de você; você é mentiroso, ou outra coisa qualquer, a maioria das pessoas ficará abalada, pois a maioria vive baseada no que as demais pessoas pensam.

Na política, a maioria não busca o bem coletivo, mas a fama, o poder, o seu crescimento econômico, os interesses pessoais. Obs.: Neste caso (politicamente), é sobre a maioria dos brasileiros que falo, e não a respeito da maioria das pessoas do mundo.

A maioria dos seres humanos nunca se faz estas perguntas: por que existo? De onde venho? Para onde vou? Quem sou eu? O que é a verdade? O que é o erro? O que é a mentira? O que é o belo? O que é o feio? O que é o bom? O que é o bem? O que é o mal? O que é o erro? Quais serão as consequências dos meus atos? Como deverei viver? Por que vivo? O que é a vida? Qual é a finalidade da vida? O que faço é certo? Como devo agir?

A maioria imagina estar vivendo da maneira certa, mas condena o modo de viver dos demais. Poucas pessoas fazem uma introspecção. A maioria vive dizendo como as demais devem agir, mas nunca analisa a própria vida, o próprio pensamento, as próprias atitudes. A maioria vive preocupada (no mal sentido) com a vida das demais pessoas; a maioria prefere julgar as demais pessoas, mas nunca julga a si mesma. A maioria vive preocupada até com a roupa que as outras pessoas estão usando; fica incomodada com o cabelo das demais, com o penteado das demais, com a cor da pele das demais, com a aparência das demais. A maioria nunca se dá a possibilidade de duvidar de suas certezas. Tenho um aluno no Ensino Médio que fica preocupado até com a quantidade de água que eu bebo (rs). Ele não sabe a importância da água na vida dos seres humanos. Ele acha que não devo levar água para a sala de aula. Nota – O mundo está mesmo muito feio! Mas esse aluno é muito normal! Nem adianta explicar! Não entra na cabeça.

Será que, neste caso, eu estou agindo conforme a maioria? Será que eu estou julgando a maioria? Talvez! No entanto, estou fazendo algo certo: estou julgando o meu pensamento. Quem neste mundo julga a si mesmo? Se a maioria das pessoas analisasse seus próprios atos, sua maneira de viver, pensar e agir, o mundo seria melhor.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 29/08/2015
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