Um outro olhar.

Não sei o como, nem ao certo quando, mas de um tempo pra cá passei a ver as coisas de outra forma. Uma forma totalmente diferente; hora distorcida e fosca, hora focada e natural.

Num dia quente da tarde de uma terça feira, por volta das 13:27 da tarde, as coisas começaram a parecer um pouco diferentes, o fato de estar calado sempre atiça sua mente a pensar um poucos mais sobre as coisas, foi quando olhei para aquela bela paisagem, um grande rio, a linha perfeita do horizonte, ao fundo uma floresta densa e verde; um lindo céu com lindas nuvens que mudavam de forma o tempo todo de uma forma incrível com uma sincronia admirável, dragões, estrelas, pequenos homens, guerras, momentos, tudo ali era possível ver sem se notar.

Após um tempo olhando as coisas, todas começaram a fundir-se, foi possível notar por um minuto um tornado de coisas juntando-se de forma bela. Após um tempo, tais coisas tornaram-se pequenas almas, puras, belas, perfeitas e aquele tornado de almas tornou-se o aquilo que mais me deixava bem naquele momento. Não sei ao certo o que é estar bem, não sei o que é estar mal, não sei o que é o estar, mas sei que aquilo me fazia sentir-me vivo, fazia sentir-me alguém, fazia eu ser. Então, uma sinfonia foi ouvida, de longe, quase imperceptível, e foi aumentando, chegou a um ponto em que a mesma destruíra toda aquela bela sincronia que outrora foi criada a partir de outras formas, foi então que pude entender, não pode haver uma coisa, qualquer ela que seja, se aquela coisa um dia não foi nada.

Dylan Moura
Enviado por Dylan Moura em 25/08/2015
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