O amor supostamente é brega nos tempos atuais.

Tem gente que passa tanto tempo perdido que nem percebe quando se encontrou. As coisas não são mais tão importantes como eram anos atrás. Quando mandar uma carta ainda tinha algum sentido e era mais bonito que um presente caro de uma loja qualquer. Pouca gente sabe o que é ter alguém, ao mesmo tempo sem ter. Ou a sensação que é tentar dar seu melhor pra uma pessoa que tenta fazer o mesmo por você. Eu tenho aquela sensação... Uma espécie de feeling. Gosto do que é considerado brega, das coisas que hoje são vistas como ultrapassadas, como andar de mãos dadas tarde da noite e de beijo na testa. Minha alma não tem a idade que meu corpo aparenta. Sinto como se tivesse nascido no século errado. Como se não fizesse parte de nada do que existe agora. São tempos difíceis para aqueles que ainda esperam grande coisa do amor. Principalmente para os que são sonhadores como eu. Mas gosto de enxergar o mundo como eu gostaria que ele fosse, não como realmente é. Eu ainda mantenho minha fé no mundo, mesmo que talvez não haja mais solução... Eu ainda mantenho a mesma esperança que tinha aos sete anos. Mesmo que o futuro seja ambíguo. Cheio de incertezas e contradições. Mesmo que fique cada vez mais difícil acreditar nas pessoas e confiar nos sentimentos de alguém. Ou nos próprios. Mesmo que ninguém mais escreva nada... Mesmo quando as palavras deixarem de importar para a maioria, eu continuarei escrevendo com todo o amor que couber em mim. Somos capazes de conquistar a Lua e até mesmo outros planetas... Mas parece ser impossível conquistar nossos próprios corações. Seja como for, viver sem amor é o mesmo que estar morto.

Denise Berman
Enviado por Denise Berman em 21/08/2015
Código do texto: T5354679
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