Madrugadas insólitas VI
3:25h - 18/08/2015
Minhas pálpebras estão sobrecarregadas,
Sofrem a tortura física da noite malograda
Meus olhos lacrimejam faíscas luminosas,
Uma arritmia bombardeia o tórax,
Um ar frio domina o ambiente,
O corpo parece rever os movimentos diurnos.
A cama vai se agigantando e se tornando inóspita?
Os músculos acrescidos de perigo não relaxam!
Sou náufrago numa ilha insone.
Prisioneiro, refém, libertino. ..
Hoje até as portas gemem meu incômodo!
Não ouço buzinas, nem sirenes,
Não há pássaros anunciando o novo dia,
Não há latidos, nem tampouco miados,
Entretanto, há em meu cérebro uma escassez de paciência,
Há uma urgência de versos nesta noite mal dormida.