As Noites
Azul escura a tinta que pinta os astros noite a dentro
Céu dos desatinos, o frio que passa corroendo
Em meio ao nada a luz dos postes iluminando o pensamento
O asfalto frio, a mente gélida inundando em solidão ao relento
O cheiro misturando perfume e álcool na calçada
o sereno molha o que resta de tudo aquilo que basta
Um olhar vermelho de sono, o sorrizo do fim da estrada
Aqueles que vão mais cedo, Aqueles que não voltam pra casa
Aquele gosto de vinho, aquele socorro no olhar
Feito um estigma psicológico se alto flagela ao sonhar
Verdade saltando aos olhos, saudade soprando no ar
A mentira contada pra sí mesmo, torcendo pra acreditar...
O fim da noite é breve, depois de mais um dia longo
A mente volta mais leve, mas pesa pouco a pouco
Pesadelos individuais, o dia começa denovo
Eu dormi tarde demais, outro dia com sono