Tradição em Pequenos Versos
Quando ouço as notas das flautas e os repiques dos tambores, o arrepio da pele é inevitável, pois sei e sinto o gemido dos que sofriam nas senzalas... E mesmo assim pedem licença para festejar e durante três dias tornarem-se senhores e reinarem!
Quando ouço de longe o tambor e o arremate de flechas já sei que o canto a seguir vai fazer-me acompanhar as penas coloridas...
Quando ouço os violões, os pandeiros e um canto que lembra- me cordialidade, já imagino os sons de espadas em luta travada por chefes brancos e indígenas...
Quando ouço o canto forte é louvor, sei e sinto a humildade para homenagear, a simplicidade para “balanciar” a Senhora das Águas do Mar...
A Senhora do Rosário que é protetora dos negros, mas abençoa a todos sem olhar raça, classe social ou cor!