Sempre haverá
Eu dou mais uma chance para rever o que ouvi dizer aquele dia
Talvez você não saiba mas sempre erram com minha primeira impressão
Não queria que fosse assim, mas sempre erram
E quando chega a hora de saberem toda a verdade já é hora de me aplaudirem
Não quero ser sensível com ninguém porque ouvi o que disseram ontem
Acredite eu sempre dou a volta por cima e quando percebem
Já é hora de aplaudirem, acredite eu nem sempre sou eu mesma
Eu nem sempre me arrasto ao chão as vezes eu voo também
E quando percebem que também possuo asas sempre é tarde
E acabam por me conhecerem de longe pois sempre já estou voando
Não precise se desculpar eu nunca causo boa impressão à primeira vista
Eu não o culpo eu também pensaria o mesmo mas faria algo diferente
Eu lhe daria a chance para se explicar e não tomaria decisões sem sentido
Ora não me zombe porque suas mãos um dia me aplaudirão
Aproveite enquanto me arrasto, talvez dure algum tempo
Enquanto isso me aponte como imperfeita
A areia na sala da casa, o paraquedas que não abriu durante o salto
O piano desafinado, o coração sem batimentos
Porque quando minhas asas nascerem não haverá mais tempo
Terá apenas que se contentar com as penas que me arrancou no passado
Porque haverá um tempo em que minhas asas se desprenderão e voarei
E não me verá mais, terá que se contentar com as penas que me arrancou aquele dia
Acredite você me verá ao longe.