** VENTOS DE AGOSTO **

Agora sem máscaras

Mostrou-se tufão,

Trêmulas, janelas se calaram

Fúria estricnina regou a rosa menina,

Ceifando a inocência do que não brotou -

Jogou o amor a ermo,

Olhos cerrados defendiam-se dos grãos

Das areias que corriam perdidas

Navios sem cais,

Entulhos fechando cacimbas -

Redemoinhos, maremotos,

Ressacas...,

Segura nas margens do mundo,

Aguardei o terral,

A carícia do monstro que se aquieta,

Após esporádico lampejo de loucuras

Sopra lento,

Numa carícia branda

Aquietando-se num ressonar

D'um aconchego

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 12/08/2015
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