** VENTOS DE AGOSTO **
Agora sem máscaras
Mostrou-se tufão,
Trêmulas, janelas se calaram
Fúria estricnina regou a rosa menina,
Ceifando a inocência do que não brotou -
Jogou o amor a ermo,
Olhos cerrados defendiam-se dos grãos
Das areias que corriam perdidas
Navios sem cais,
Entulhos fechando cacimbas -
Redemoinhos, maremotos,
Ressacas...,
Segura nas margens do mundo,
Aguardei o terral,
A carícia do monstro que se aquieta,
Após esporádico lampejo de loucuras
Sopra lento,
Numa carícia branda
Aquietando-se num ressonar
D'um aconchego