Vá.

Li, reli.

Li, reli.

Li, reli.

E li mais uma vez.

Não podia crer, não podia aceitar.

Era como se a cada vez que lesse, me ferindo em golpes ferozes eu era trazida de volta a realidade, dolorosa e rapidamente.

Eu não esperava, aliás, esperava. Mas quem irá aceitar a fria verdade, quando a doce ilusão é tão mais atrativa?!

E assim fui.

Fui.

Fui.

Fui.

Me perdi.

Não sei voltar.

E agora?

Preciso ler, reler.

Ler, reler.

Ler, reler.

Ler, reler.

Até crer, que você se foi.

E foi má.

Perversa.

Dura.

Não pensou, nem contestou.

Fez.

Me partiu, quebrou, destruiu.

Me perdeu.

Seja feliz.

Bem feliz.

Mais feliz.

Me achei, e não volto.

Não procure.

Veja que foi definitivo, graças a você.

Me disse Adeus.

Eu não disse.

Mas, agora digo: Adeus.

Vá.

Leia, releia.

Leia, releia.

Leia, releia.

E veja: você me perdeu.

Sempre é muito tempo, mas é o máximo que posso imaginar, para me distanciar de você; para sempre.

Doeu; muito.

Dói e vai doer.

Mas passa, tudo passa.

Menos o teu Adeus.

Agora tens o meu.

Vá. Feliz. E, Adeus.

Larissa Jordão
Enviado por Larissa Jordão em 11/08/2015
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