Vá.
Li, reli.
Li, reli.
Li, reli.
E li mais uma vez.
Não podia crer, não podia aceitar.
Era como se a cada vez que lesse, me ferindo em golpes ferozes eu era trazida de volta a realidade, dolorosa e rapidamente.
Eu não esperava, aliás, esperava. Mas quem irá aceitar a fria verdade, quando a doce ilusão é tão mais atrativa?!
E assim fui.
Fui.
Fui.
Fui.
Me perdi.
Não sei voltar.
E agora?
Preciso ler, reler.
Ler, reler.
Ler, reler.
Ler, reler.
Até crer, que você se foi.
E foi má.
Perversa.
Dura.
Não pensou, nem contestou.
Fez.
Me partiu, quebrou, destruiu.
Me perdeu.
Seja feliz.
Bem feliz.
Mais feliz.
Me achei, e não volto.
Não procure.
Veja que foi definitivo, graças a você.
Me disse Adeus.
Eu não disse.
Mas, agora digo: Adeus.
Vá.
Leia, releia.
Leia, releia.
Leia, releia.
E veja: você me perdeu.
Sempre é muito tempo, mas é o máximo que posso imaginar, para me distanciar de você; para sempre.
Doeu; muito.
Dói e vai doer.
Mas passa, tudo passa.
Menos o teu Adeus.
Agora tens o meu.
Vá. Feliz. E, Adeus.