Esse Eu, esse Ele inexistente
Pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa do modo mais mascarado possível: tratando-se por Eu.
Porque esse Eu é um Eu que desconhecem, um personagem mal vestido com a carne fictícia que porcamente imaginaram.
Esse Eu, esse Ele inexistente, metáfora de impossibilidade pairando como uma névoa sobre a velha substância rala. Mística da mentira e da farsa, da encenação e do engodo oco bimbalhando como um sino o óbvio obtuso da simulação humana.