Divagações

As vezes tento me encaixar em outra vida

Quando percebo que mal caibo na minha própria

Devaneios e anseios insaciáveis

De uma arte que embora tudo toque com amor

Pelo amor não é tocado

Permeavel e maleavel

Penetro o âmago de tudo que vejo

Ainda que ninguém me veja no âmago

Sorrio escondendo as lágrimas dos olhos

E as vezes choro quando minha alma sorri

Na existência sem corpo

Ou em um corpo virtual

ou seria espiritual?

Na liberdade aprisionada

Ou na prisão que liberta

E no processo sem rima, tudo parece rimar...

E eu aqui ainda...ruminando letras em ações

Digerindo palavras que visto as emoções

Por vezes é difícil despi-las

A nudez do sentir as vezes constrange

Por divergir das expectativas do mundo

Que sem compreensão vocifera e range

Então nos rendemos ao sono e abandonamos a lucidez

Até sermos despertados por um novo dia e tentarmos tudo outra vez

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 05/08/2015
Código do texto: T5336334
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.