Somos escravos do Tempo.
Com o passar dos anos, buscamos liberdade, buscamos nos reinventar, buscamos sobreviver de forma digna todos os dias, mas mesmo com todos os artefatos que utilizamos para vencer nossa própria escravidão, rumamos para a escravidão do passar dos tempos, da velhice, da melancolia de nossas lembranças, somos eternos escravos de nossas vidas, buscamos ironizar a morte, retarda-la, mas esse é um fim comum para todos nós, e isso pouco importa o quanto de dinheiro tenha em sua carteira, ou conta bancária, a frieza de sentir o enrugar de suas mãos, o desabrochar das marcas do tempo eu sua face, de todas as mordaças que você acha que te aprisionam, a que mais intensifica uma busca incessante nos dias , é uma forma para que o rosto envelhecido não chegue.
Corremos pelados em busca de uma fonte de juventude, de uma poção mágica que faça com que o tempo pare, que os sintomas dele não cheguem, e cada dia que se passa, bom, ou ruim, com viagens, com fartura, é menos um dia em seu calendário da vida.
Fomos escravizados por tantos motivos, em tantos momentos, mulheres buscam liberdade, negros buscavam igualdade, gays buscam respeito, todos buscam alguma coisa, porém no fim todos somos iguais, e isso não vai de acordo com sua atitude, vai de acordo com a sua linha de tempo, com o que você tem de produzir na Terra, vitimas de um passado, ansiosos por um futuro, e vivendo pouco o presente, essa é a escravidão que assola a humanidade, a medida que se ruma para mais próximo da morte, do envelhecimento, do desgaste pelo tempo.
Somos escravos de um tempo, de um momento, de um minuto a mais, escravizados pelo passar do tempo, pelo relutar dos anos, simplesmente escravos.