Guerra no Asfalto
A morte é um vazio na estrada,
É um vazio no peito, na alma.
A morte pode o início de tudo,
Pode também não ser nada.
Sim, a morte é um nada,
Uma curva na estrada,
Um final de um capítulo de uma existência,
Uma chama acesa, transcendência.
Estava lá o corpo estirado no chão, noutro canto, sem saber, estava uma família a espera de um irmão (pai, tio, filho). No final da rua um assassino, uma vítima, um infeliz: ninguém sabe. O que se vê é sangue, morte, comoção. Noutro canto, existirá dor,tristeza, solidão.
Sem julgar, alguém poderia estar querendo chegar mais cedo em casa: correu, correu e nunca mais chegará ou, se chegar, levará consigo uma marca que nunca mais conseguirá apagar: um assassinato.
Mais uma vida foi tirada no trânsito, mais uma vida foi ceifada por imprudência. Até quando?