= Enquanto... =
Com poderes outorgados por nós, o povo
Bandidos no Poder se completam, se complementam
Se aprimoraram, se locupletam
Dia após dia, o Brasil mais e mais afunda
E o povo, individualista, alienado, omisso,
Só olhando, cultuando, adorando seus umbigos
Olhos presos em futilidades nas telonas e telinhas
Não levanta nem a pau de cima de seus rabos acomodados
Tudo aceita, a tudo se submete, feito putas de quinta
Cordeirinhos, vaquinhas de presépio
A tudo dizendo tudo bem, amém, sim sim
Contente com Bolsa-Esmola, Bolsa-Humilhação, Bolsa-Capim...
Futebol, carnaval, samba, bastam. Circo sem pão. Que bosta!
País de terceiro, quarto mundo. Submundo. Imundo...
Só sonho, fantasia, quimera de grande nação. Se noção.
Bocas banguelas, bêbadas, pelas ruas, avenidas, praças
Festa e vida sem graça feito galinha quando põe ovos
Feliz canta e dança quando (e sempre) mais e mais toma na bunda
Acorda Brasil!
Acorda povão, pelo amor de Deus!
Por nós, pelos nossos, por um presente melhor, decente.
Pelo futuro!
Chega de arbitrário, obtuso, obsceno, absurdo, obscuro, escuro...
= Roberto Coradini { bp } =
01//08//2015