O melhor a fazer, é esquecer...
Então quando você percebe que sentimentos, são sombras do que se criou,
Quando percebe que só faz sentido a você, e que é tão “imbecil” criar expectativas acerca de possibilidades criadas por palavras... E que palavras são tão incertas, impróprias e até mentirosas.
É quando constato que o nó na minha garganta, deu-se pelo que quis que você comigo compartilhasse,
Que o riso fosse por reciprocidade real,
Que as “entrelinhas” representassem desejos mútuos,
Que o seu “oi” fosse além de um mero oi...
É quando percebo que abafo com toda força e me convenço a todo instante que isso é exclusivamente meu, e que por mais dolorido que possa parecer, é o melhor a ser feito.
Manter em mim o amor que omito por você sentir,
E porque agir com a razão pra mim sempre foi o melhor e prudente a ser feito. São minhas “certezas” e teorias desajustadas.
Já vivi outros amores e todos foram intensos... Tanto no gostar, como na dor insuportável do partir; e antes que eu me entregue e tenha um mero “aceno” por memória, fico satisfeita com as possibilidades que crio dentro de mim. De algo real, que faz sentido, que completa, e soma, ao invés de dividir.
De um sentimento que seja calmaria em meio a tempestade,
Que seja brisa de fim de tarde,
Que seja o que transcende,
Que seja chuva a refrescar um dia de verão,
Que seja a força necessária na dificuldade,
Que seja certeza em meio a dúvidas,
Que seja paz em meio a guerra...
Mas são só palavras, e quem há de saber o que pode vir a ser amanhã?
(O melhor a fazer, é esquecer.)