A razão é duro murro que recebo
Porque a razão me diz sem pena que não devo
Mas é na emoção que me atrevo
E hoje, bailo como fora leve pena
Hoje bailo tão serena...
Porque descobri da caixa a fresta
A caixa, a guardarei eternamente
Como fora um meu presente
E serão saudades imensas
Densas...
Mas não cabem em caixa mais meus passos
Meus tão abertos braços
Minhas pernas em movimentos circulares
Meus muitos bailares
Hoje aprendi aladas coreografias
E o esteio da caixa a isto não me permitia
A mim fincava
E eu,
A espera da mão que ora me libertava
Ora a tampa fechava
Me guardava...
Hoje lustrei a caixa com cuidado(relíquia minha...)
Como acarinhasse a meu amado que dormia
Não digo que um dia tudo não retornará
Que pequenina não tornarei a ficar
Que a caixa novamente não me abrigará
Quiçá...
O tempo isto dirá
Mas ora digo,
Hoje meu tablado é o universo
E direi isto em meu verso
E serão tão imensas minhas poesias...
Meus feitiços,minhas magias...
Em cabaças bebidas
Por mim ávidamente sorvidas...
Minhas alegrias...
Sempre lembrando a quem porventura meus escritos vier a ler,
não são poemas,nao sou poeta,não sei fazer poesia,nao entendo as regras,nada...Só entendo de ,vez ou outra,deixar escapar os muitos pensamentos que trago comigo
Um abraço a todos
Adah