Ela está faminta
Mais uma vez ela se revelou,
Esta coisa que de certa forma eu amo,
Esta coisa que também sou eu,
Ela veio dizer que não é o fim nem o começo.
Certa vez discutimos muito
E cada qual seguiu seu rumo,
Mas ela era eu e ela era ela,
"Mas que tola!" Gritei aos céus.
Eu sem ela e ela sem a mim.
Ando de canto a canto esperando esquece-la,
Mas ela sou eu e eu sou ela,
"Tolice a minha! Ela jamais será como sou!"
"Mas nós somos um" a voz soou ao vento.
E eu pude lembrar que já havia feito
Algo parecido no passado,
Tentar apagar ela de mim,
Tentar apagar algo que julguei ser desnecessário a mim.
A máscara que pus no lugar de sua face se quebrou,
Hoje transpareço foi difícil aceitar a sua volta,
"Pois é", ela voltou e dessa vez pra ficar.
Minha parte ruim não come desde sua partida,
Não se comunica, não sente, não faz,
Apenas existe, preciso alimentar pois está faminta,
E se eu não alimetar, ela se alimentará de mim.