"PANTEÍSMO"

Gostaria de crer.. Sim Gostaria!

Em Deidades bondosas, vaporosas

Sentir-me filho nato de ser tão supremo

Que com um estalo fizeste o universo,

Mas, esta minha vil astúcia maquia-me, consome-me

Por quê? sentir-se feito notável e precioso

Se somos seres desprezíveis, jocoso

Que como víboras arrastamos nas sombras da insanidade,

Alimentamos nosso Ego doentio, com dogmas, conceitos

Liturgias que discutem pleitos, por nós desconhecido,

A nova velha ideia escraviza-te, manipula

Belíssima lavagem cerebral,

Ora! que diferença faz ao universo

Se amas BAAL, BRAMA OU JAVÉ,

Certo é que irás morrer, pois, a natureza da vida é finita.

Quando retornares o corpo a terra mãe

E o espírito ao Éter,

Somente os vermes esses expert, deliciarão em sua carne doce

Alguns parentes e amigos chorarão sua triste sorte

Mal sabe eles que a morte, é o fim de todos nós,

Sorrateiramente ela chega, esgueira-se e aprisiona

Ou subitamente arrebata, dessa forma, não nos amedronta,

O espírito livre do corpo, sua campa terrena

Experimentará a liberdade plena, nos confins do universo,

Que mágico será este momento, onde ser tão frágil, débil

Vagará por plagas jamais vista, sem dor, sem angústia

Pensando assim, liberto-me da hipocrisia humana

Onde somente ajuda-se pensando na recompensa,

Não há mérito no trabalho "assalariado"

O funcionário faz jus, apenas, ao seu salário,

Mas, o voluntário tem todos os méritos

O mesmo não visou recompensa,

O arquiteto do universo é sábio, justo, imutável

Dará a cada um seu quinhão,

E a recompensa a todos cedo ou tarde

Será a cobiçada e prazerosa eternidade.....

ILARIO MOREIRA

22/07/2015

(ESCREVI BRAMA DE PROPÓSITO: Brama, Brahma ou Bramá é o primeiro deus da Trimúrti, a trindade do hinduísmo)

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 22/07/2015
Reeditado em 22/07/2015
Código do texto: T5319973
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