SOBRE A "ELITE GOLPISTA"
Nesses tempos modernos, algo de vanguarda surrealística, tempos em que se anula tecnologicamente todas as distâncias planetárias e por conseguinte , bem poetica e fraternalmente a comunicação entre as pessoas assume um caráter digital "on line", qualquer cidadão minimamente conectado com o entorno já não se imuniza de tomar contato com as avalanches de notícias e, através delas, já não se abstém (ainda que assim o quisesse!) de captar o universo das verdadeiras e falsas ideias subliminares que espocam da história do mundo comtemporâneo , inclusive da sua proximidade existencial.
Assim, aqui entre nós, em pleno "desenvolvimento retrógrado" de Brasil do século vinte um, mesmo para os que se dizem enojados com as "ciências polítiqueiras" que nos dizimam na dignidade e na cidadania, é impossível não tomar contato com algumas expressões do nosso POLITIQUÊS , que qual MANTRA NEUROLINGUÍSTICO se repete há vários anos entre nós, sem no entanto, mostrar suas benfeitorias coletivas num eco de desenvolvimento social visível e vivido por todos, assim como deve ser numa democracia republicana.
Assim como se fizessemos parte social dum dicionário dual, dicotomizado e com finalidades nubladas pelas falácias, sob a batuta democrática de se fortalecer a sociedade que somos todos juntos, paradoxalmente se tenta seccionar o coletivo com algumas expressões esvaziadas e já bem manjadas pelo mais espertos de plantão: famigerada classe média, privilegiada burguesia, coxinha (termo que eu ainda não entendi sua etmologia no cenário politiqueiro, seria a saborosa coxinha um prato apenas das mesas das ditas elites golpistas desmerecedoras de tudo?), midia golpista, elite golpista, luta pelo estado de transparência (aquele que nunca se vê de tão transparentes resultados), luta pelos desfavorecidos ( cada vez mais desfavorecidos), enfim, uma artimanha de se jogar a sociedade em discórdia para se reinar na confusão, sempre com a mediana das conquistas desviadas à esquerda do gráfico e justificadas pela democracia e pelo ESTADO DE DIREITO.
MEDIANA À ESQUERDA...deu até um trocadilho não proposital.
Enfim , tudo muito piorado em nome de TODOS para depois fazer valer aquela dinâmica (nunca salvadora da Pátria) de que "em terra de cego quem tem um olho é rei caolho" -modifico o dito por conta da linha de reflexão do meu texto.
Todo esse meu intróito para focar meu pensamento sobre minha tentativa de conceituar a ELITE GOLPISTA do momento, substantivo composto que espoca seu eco nos palanques das horas perdidas.
QUEM, ENTÃO, SERIA A ELITE GOLPISTA?
Quem souber pode me ajudar na conceituação dessa minha difícil hora.
Antes de mais nada, digo que não ME CONSIDERO elite muito menos golpista.
Tive o direito de época de nascer numa família constituída, de classe média média, fui para a escola privada, prestei concurso de admissão para ingressar na conceituada escola pública (vejam só, quem nisso hoje acreditaria!) sei ler e escrever, sei pensar um pouco, madrugo para trabalhar há mais de trinta anos, pago impostos e apenas por isso já correria o risco de aqui ser assim designada de ELITE GOLPISTA.
Bem vindos à nova modalidade sociológica da hora àqueles que me lêem e , por má sorte das elites, se identificam com o meu privilégio de destino social tão duramente batalhado.
Confesso: tal me deixa triste pela simples sensação da mentira e da injustiça social.
Seriam dois adjetivos politiqueiros (elite golpista) muito fortes para o momento sociopolítico tão enfraquecido e injusto que vivemos.
Apenas sempre lutei pela vida como milhares de trabalhadores que até ontem tinham seu emprego digno para viver sua vidinha mediana, mas tão invejavelmente atacada pelas correntes obnubilantes, vida candidata à dignidade de direito humano tão decantado por aqui, mas tão democraticamente corrompidos e furtados por todos os lados.
Apenas transcrevo meu pensamento pelo que vivo e pelo que vejo dos cenários da minha cidade.
Vou falar de São Paulo, capital, terra aonde nasci e por quem contribuo com o que posso como profissional e cidadão.
Ou melhor: contribuo com o que deixam contribuir...até não conseguir contribuir mais, porque até a ELITE DOS OVOS DE OURO um dia acaba.
Inclusive pelos tiros no pé por parte dos desavisados das ciências politiqueiras.
Há anos a fio conheço a vida da minha cidade que madruga sem nunca dormir, olhos que lanço ao entorno pelo meu percurso de trabalho.
Pela luta daqui, devemos todos sermos considerados portanto, uma cidade cosmopolita da ELITE.
Mas digo que quem por aqui trabalha nos dias atuais, mata um zoológico de parasitas das demais elites reinantes... por dia.
Não vou me ater nas dificuldades de quem possa vir a ser chamado de ELITE privilegiada. Seria chover no molhado da aridez que nos seca e que cega e surdamente nos dá as costas aos anseios da população que sua muito pelo seu país.
Apenas termino conceitualmente pensando que HOJE EM DIA, ser a tal ELITE FICTÍCIA DOS PALANQUES AO VENTO, é SER, em qualquer lugar da Nação, alguém que através do trabalho de se rprivilegiado ainda resfolega moribundo para manter todos os privilégios fomentados pelas corrupções da "elites" parasitas, essas que se anunciam por aí como quem pensa no povo, mas apenas dele suga e corrompe o sangue do trabalho e dos seus direitos legítimos e pétreos.
Essa, a ELITE trabalhadora sim, é que é a merecedora da "coroa elitizada", digna de todas as palmas por, frente ao tudo, ainda se sustentar com o próprio fôlego, amparada na própria resiliência milagrosa de continuar sendo sempre, a despeito de ser atacada pelas tantas sanguessugas mundanas e ineficazes que se alimentam dos suores da sobrevivência DIGNA.
GOLPISTA?
Quem, então, seriam os golpistas definidos do politiquês dos palanques desmitificados que tombam ao menos na terra da filosofia?
Golpista é quem tem o privilégio de enxergar,se indignar e esbravejar...ainda que seja para ninguém ouvir.
ELITE GOLPISTA: Eis aqui, portanto, o conceito filosófico da tal expressão, bem maquiavelicamente contraditório, de fato inventada pela politicagem algo "etmologicamente" golpista pelas próprias gênese e definição históricas; a medida que, desde seu princípio, ainda visa propagar a ideia enfraquecida, já desmistificada e refutada na prática da cidadania: a dum injusto SENTIDO SOCIAL das classes elitizadas dos tantos trabalhadores, algo intencionalmente distorcido, ao status de quem tem vontade, formação, força de trabalho, vergonha, dignidade e amor ao solo pátrio.
E que por refutar toda e qualquer malandragem, ainda tem a coragem de dizer...não.
Antes que eu me esqueça: pensar com lógica e defender princípios humanísticos pétreos é o ato golpista mais refutado pelo palanques de hoje em dia... é o que mais nitidamente incomoda àqueles que acreditam que tudo podem, já assentados sem muita representatividade nos seus tão e cada vez mais frágeis castelos de areia.
São esses reinados, juntamente com a ELITE GOLPISTA que agora têm que rezar pela vontade e pela força benevolente dos bons ventos a todos.