MEDO

A voz que ecoa na mente

Está perdida diante de tanta insensatez.

Só flagelo e solidão.

Até o ego já não é capaz de harmonizar e encontrar a paz.

No que transformamos nós?

Ser o quê?

Ser que alimenta de tão negras nuvens

Que perpassa o tempo sem um destino certo

E que se desencontra consigo mesmo

Encafurnado na própria razão.

Não luta.

Sem perspectivas,

Sem sonhos.

O grito não sai

A ajuda não chega.

Nem a morte vem socorrer.