Criação


O poeta cria, desenha o que a imaginação quer fazer acontecer,
às vezes, ou nunca acontece, na realidade.
O poeta é tão feliz, tanto sorri, sangrando a sua alma
Vai jogando confetes por dentro.
Os seus pés só pisam pétalas, ou fina areia branca
molhadas por uma água cristalina, ele não gosta de espinhos
só gosta das rosas, de preferência àquelas que enfeita a vida.
O poeta não faz carinho em suas feridas.
Nas linhas, uma parada para viver, aluga ou compra a pousada
mais simples à beira do caminho, só para ver o sol se por.
O poeta vive de sonhos impossíveis e de dores,
dores guardadas que machucam o peito e atordoa a sua mente,
vive de um amor fantasia que para si mesmo não mente...
E sente... Sente,
assistindo sentado a realidade apresentar-se à sua frente,
Avança o mar imenso
feito um navio que sumindo sumindo sumindo sumindo sumindo,
feito a sua vida, feito as suas realizações, não querendo aceitar,
ele torna a sonhar e escreve, nas linhas ele pode tudo, até
morrer sem nada nada nada realizar.
Dom Juan de Las Flores
Donzelo
Do Reino de Gorobixaba.

 
 
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Corte de Gorobixaba
Enviado por Corte de Gorobixaba em 14/07/2015
Reeditado em 15/07/2015
Código do texto: T5310829
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