QUEM?
Quem é você que já não conheço mais?! Não te percebo como era antes, como pode se apresentar tão diferente quando outrora confundia-se com meu eu... Quantas águas conseguiram irrigar tuas lembranças?! Quanto do vento conseguiu apagar as suas memórias?! Quanto do tempo conseguiu fazer-te dá um tempo de ti?!...
Quem sou eu que já não te percebo?! Quem eu sou quando me torno um novo eu?!....
Sou um processo de um tempo de transformação, sou o conjunto de lágrimas e alegrias, sou a dialética do meu existir... Eu sou aquele que sempre fui, sendo este que não pretende ser o mesmo!...
Quem somos nós na fila do banco, em meio a praça ou em uma avenida movimentada?!
Somos apenas construção do desespero, processo de um tempo bom, produto de uma vida ambivalente e paradoxalmente doce e enjoativa!